Olá, sejam bem-vindos. Hoje trazemos uma notícia que repercutiu em todo o mundo: o governo dos Estados Unidos, através do Departamento de Estado, exigiu que a China liberte imediatamente um pastor cristão que foi detido por liderar uma igreja não registrada pelo regime comunista. O caso reacende as discussões sobre liberdade religiosa, perseguição a cristãos e as tensões diplomáticas entre as duas potências mundiais.
De acordo com informações do Christian Post, o pastor Jin Mingri, também conhecido como Ezra Jin, é o líder da Zion Church, uma das maiores igrejas “underground” da China, ou seja, igrejas que funcionam de forma independente, sem a supervisão do governo. Ele foi detido pelas autoridades chinesas, e desde então, membros da congregação relatam não ter qualquer contato com ele. O governo chinês o acusa de atividades ilegais por conduzir cultos fora do controle estatal.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou o caso como um grave exemplo de violação dos direitos humanos e pediu que o governo de Pequim liberte não apenas o pastor Jin, mas também outros líderes cristãos presos por professar sua fé. Segundo a nota oficial, os Estados Unidos reafirmam o compromisso de defender a liberdade religiosa em todo o mundo e condenam qualquer forma de perseguição baseada na fé.
A Zion Church, fundada em Pequim, cresceu rapidamente ao longo dos anos, reunindo milhares de fiéis em cultos semanais. No entanto, em dois mil e dezoito, o governo chinês ordenou o fechamento do templo principal, confiscou equipamentos e obrigou os membros a se registrarem em igrejas estatais. O pastor Jin recusou-se a obedecer, afirmando que a fé cristã não pode ser controlada por nenhuma autoridade política. Essa postura firme o tornou alvo de vigilância e, agora, de prisão.

A China mantém uma política rigorosa sobre as religiões, permitindo apenas o funcionamento de organizações religiosas aprovadas e monitoradas pelo Partido Comunista. Igrejas que se recusam a se submeter são classificadas como ilegais. Grupos de direitos humanos denunciam que milhares de cristãos já foram interrogados, presos e até mesmo torturados por se reunirem em igrejas domésticas. Além disso, o governo implementou novas leis que restringem a divulgação de conteúdo religioso na internet, proibindo transmissões, cultos online e até mesmo o compartilhamento de versículos bíblicos em redes sociais sem autorização prévia.
O caso do pastor Jin Mingri ganhou maior atenção porque sua filha é cidadã americana, e sua família vive sob forte pressão. Segundo ativistas, ela tem recebido ameaças e vive em constante vigilância. O Departamento de Estado norte-americano destacou que acompanha de perto a situação e que continuará exigindo a libertação de todos os presos de consciência detidos na China.
Especialistas em liberdade religiosa afirmam que o governo chinês intensificou o controle sobre as igrejas cristãs independentes nos últimos anos. O regime tem promovido uma campanha chamada “sinicização”, que busca adaptar a religião cristã aos valores e à ideologia comunista. Em muitas regiões, cruzes foram retiradas de templos, versículos bíblicos foram substituídos por citações de líderes do Partido e pastores foram forçados a pregar mensagens que exaltam o governo.
Para os fiéis, essa política representa uma tentativa clara de silenciar a fé e apagar a identidade espiritual do povo. Muitos cristãos chineses continuam se reunindo secretamente em casas, cavernas ou locais escondidos para orar, cantar e estudar a Bíblia. Apesar do risco de prisão, eles afirmam que a fé em Cristo é mais forte do que qualquer ameaça.
A situação da liberdade religiosa na China é constantemente denunciada por organizações internacionais. A Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional já classificou o país como um dos piores violadores da liberdade de crença no mundo. Relatórios apontam que a perseguição não se limita aos cristãos, mas também atinge muçulmanos uigures, budistas tibetanos e praticantes do Falun Gong.
Ao cobrar a libertação do pastor Jin, os Estados Unidos reacendem uma pauta sensível nas relações entre Washington e Pequim. Enquanto a Casa Branca defende que todos os povos têm direito de professar livremente sua fé, o governo chinês insiste que não tolerará interferências estrangeiras em seus assuntos internos. Essa tensão revela um conflito não apenas político, mas também de valores fundamentais: liberdade contra controle, fé contra autoritarismo.
Diversos líderes cristãos de outros países expressaram solidariedade ao pastor Jin e pediram orações pela igreja perseguida na China. Eles lembram que, embora o país tente silenciar a fé, o evangelho continua crescendo de forma impressionante, especialmente entre os jovens e nas grandes cidades. A história do cristianismo mostra que, quanto maior a perseguição, mais forte se torna a fé dos crentes.
Em meio às pressões políticas e religiosas, permanece o apelo da comunidade internacional: que a China respeite os direitos humanos e permita que seus cidadãos adorem a Deus livremente. Para muitos, a prisão do pastor Jin Mingri é um símbolo do quanto ainda é preciso avançar para que a liberdade religiosa seja uma realidade universal.
Esta é mais uma lembrança de que a fé, quando verdadeira, não pode ser aprisionada. Mesmo atrás das grades, a esperança continua viva nos corações daqueles que creem. Que essa história sirva de inspiração para que cada um de nós valorize o direito de adorar a Deus livremente e ore por todos os que sofrem por causa do evangelho.
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